Casa do Caminho - Maio / 2014


  • Somos um grupo Espírita Cristão.
  • Fundado em Março de 1975.
  • Nosso amigo e orientador espiritual: Dr. Bezerra de Menezes.
  • Nosso objetivo: aplicar e ampliar a fraternidade, como nos ensinou o Mestre, nos esforçando, através estudo da Doutrina Espírita e a prática da caridade, a atingirmos a meta "amar ao próximo como a nós mesmos".


 Nosso EMAIL - gecasadocaminho@gmail.com



NOSSO ENDEREÇO: Travessa da Confiança, 91 - Vila da Penha/RJ - Tel.: 3042-8532.




Maio /2014
DIA/HORA
EXPOSITOR
TEMA
6ª feira
02
20h
Rosane Moreira
Importância do trabalho.
Sábado
03
15h
Regina Trindade
Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo
4ª feira
07
20h
Eduardo Henrique
Planejamento reencarnatório e destino.
6ª feira
09
20h
Fatima Mendes
Mãe—Maria de Nazaré.
Sábado
10
15h
Aline Carvalho
Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo
4ª feira
14
20h
Manoel Messias
Atitude mental na vida diária.
6ª-feira
16
20h
Leir Storti
Morte! Para onde esta viagem nos levará?
Sábado
17
15h
Dalva Medeiros
Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo
4ª feira
21
20h
Ricardo Sardinha
Tema Livre
6ª-feira
23
20h
Diva Elena
Fugindo do sofrimento e da depressão
Sábado
24
15h
Gilmar Leite
Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo
4ª feira
28
20h
Lamartine Salgado
Como trabalhar a culpa em nós.
6ª-feira
30
20h
Joaquim Couto
O evangelho na construção da felicidade
Sábado
31
15h
Edson Orlando
Família

























Minha Mãe - A grande Consolação

Entregue a essas amargas inquirições, vi me pequenina e senti a sensação das lágrimas maternas orvalhando as minhas faces. Recordava-me dos menores detalhes do lar, quando experimentei sobre os ombros o contato de veludosas mãos.     Ergui repentinamente o meu olhar e, - oh, maravilha! - vi minha mãe a contemplar-me com a melhor das expressões de ternura e amor.
Maria Joa de Deus - Mãe de Chico
Como me senti recompensada, nesse momento inesquecível, de todos os infortúnios que houvera sofrido! Uma inexprimível sensação de júbilo dominou-me a alma ao recordar os amargores da Terra longínqua, pois, nesse instante, toda a minha existência estava concentrada naquela afeição, reencontrada para a ventura imortal.
Eram os meus temores, as minhas esperanças, os meus afetos, a minha longa saudade; enfim tudo ali estava nos meus prantos de intensa alegria. E, aquele ente querido, que na Terra para mim fora o anjo de amor maternal, também se sentia sob o império de grande emoção. Compreendi que os nossos espíritos de já muito se haviam unido na milagrosa teia
das vidas sucessivas, e caí-lhe nos braços amorosos, misturando os soluções de nossos sentimentos.
“ Minha mãe—consegui dizer—poderá haver maior felicidade do que esta?...”
Percebi, a seguir, que era envolvida na onda simpática do seu cariciosos olhar, ao mesmo tempo que lhe ouvi a voz repassada de infinita doçura:
- “ Maria, estás fatigada pelas emoções consecutivas... Vem descansar um pouco ao meu lado, aqui, filha, junto ao meu coração!...”
Ah, minhas pálpebras, então, cerraram-se para o sono brando e tranquilo e adormeci como um pássaro minúsculo, que repousasse sob a proteção carinhosa de grandes asas...

Fonte: Cartas de uma morta
Francisco  C. Xavier.


O velho triângulo

jovem inconsequente apaixona-se perdidamente pelo rapaz que é correspondida. No entanto, ele é casado e, até conhecê-la, sempre vivera relativamente bem como a esposa e três filhos. Cedendo à mútua atração, estabelecem uma ligação extraconjugal. Mas, embora empolgados pelo domínio das sensações, não são felizes. Uma sombra de permanente intranquilidade, misto de consciência torturada, temores e incertezas os perturba. Quanto à esposa traída, embora desconheça a situação, percebe que o marido se distancia da comunhão afetiva. Suas perplexidades, somadas ao comportamento indisciplinado do chefe da casa, afetam o ambiente do lar, com larga soma de prejuízos para os filhos.
Temos aqui o chamado triângulo amoroso, tantas vezes repetido na Terra, fruto exclusivo das tendências à poligamias que ainda caracterizam o comportamento humano. Situados muito mais próximo da animalidade do que da angelitude, motivadas muito mais pela satisfação do próprio ego que por impulsos de afetividade, as criaturas humanas tendem a ver em representantes do sexo oposto uma oportunidade sempre renovada de autoafirmação seja na troca de olhar, o flerte, seja na conversa fortuita, cultuadas as emoções da conquista, seja nas experiências do sexo, somente uma minoria de Espírito mais amadurecidos consegue superar o instituto, centralizando-se num relacionamento duradouro, autêntico e sem desvios. Dizem os psicólogos que há uma espécie de atração química que se pode estabelecer ao primeiro contato entre um homem e uma mulher, independente de estarem ou não vinculados a outro compromisso afetivo. É o que chamam o “toque do sino”, o despertar da atração por alguém. Sob o ponto de vista espirita, diríamos que, ao reencarnarmos, não voltamos à Terra assim como quem deixa a família e parte para experiências em região distante. Normalmente, familiares, amigos e até inimigos nos acompanham, de vez que compomos grupos que caminham juntos na estrada do aprimoramento espiritual. São personagens de um mesmo drama — a Evolução — que trocam de vestes para novos papéis no cenário terrestre. Velhos parceiros de experiências afetivas, inspiradas nos  desvios do sexo, reencontram-se ligados pelos laços da consanguinidade: pai e filho, irmão e irmã, mãe e filho... A própria natureza do novo relacionamento impõe sublimação, e a paixão, o desejo de posse, são trabalhos no cadinho purificador do lar, para que surja o amor legitimo e puro. Poderá ocorrer, também, que o reencontro se dê fora do lar, como o de estranhos que se vissem pela primeira vez e institivamente sentissem mútua atração. Muitos acabam traindo compromissos matrimoniais e partem para perigosas aventuras. Conhecemos companheiros espíritas que justificam semelhante comportamento, proclamando: “ Tenho grande apreço pela esposa e amo profundamente os filhos, mas a outra é minha alma gêmea. Reencontrei-a e não posso viver sem ela”. Além de desertores, comentem a desfaçatez de distorcerem princípios espiritas para justificar seus desatinos. O Espiritismo é bastante claro ao demonstrar que o reencontro de afeiçoados e desafetos do passado, no lar ou fora dele, não se apresenta jamais como apelo irresistível à inconsciência e, sim como oportunidade renovada de buscamos nossa edificação espiritual, seja perdoando ao inimigo de ontem, seja envergando um irmão ou uma irmã em representante do sexo oposto por quem sintamos atração, sempre que a vida nos houver situado em outro compromisso afetivo. Nesta circunstância, impõe-se com veemência a necessidade daquele “ orai e vigiai” recomendado por Jesus. Sempre que o homem ou mulher não resistem ao apelo do passado e partem para ligações extraconjugais, fugindo do dever, forma-se um clima de perturbação que gera sofrimento e desequilíbrio para todas as pessoas envolvidas. Lembrando ainda Jesus, dessa situação os responsáveis não sairão sem “ choro e ranger de dentes”.
Hoje tecem teias de sedução e prazer em que se deleitam. Amanhã, entretanto, reconhecerão desolados que apenas embaraçaram o fio do Destino.
Richard Simonetti
Fonte : Temas de hoje problemas de  sempre
Ed. Correio fraterno.