GECC - Janeiro de 2016

  • Somos um grupo Espírita Cristão.
  • Fundado em Março de 1975.
  • Nosso amigo e orientador espiritual: Dr. Bezerra de Menezes.
  • Nosso objetivo: aplicar e ampliar a fraternidade, como nos ensinou o Mestre, nos esforçando, através estudo da Doutrina Espírita e a prática da caridade, a atingirmos a meta "amar ao próximo como a nós mesmos".


NOSSO ENDEREÇO: Travessa da Confiança, 91 - Vila da Penha/RJ - Tel.: 3042-8532.

A VISÃO ESPÍRITA NO ANO NOVO

     Desde os primórdios da Humanidade, o homem teve necessidade e estabelecer marcos que delimitavam o tempo, seja em ciclos diários, mensais ou anuais, os corpos celestiais nos serviram de referencia para a determinação desses períodos ao longo de nossas existências, sendo usados vários métodos, adequados à época, para assinalar sua passagem.
     Se a preocupação de registrar a passagem dos dias, meses e estações sempre existiu, também estava presente a ideia de que o tempo é continuo, sem divisões composto de períodos que se repetem e que formam os anos, sem que houvesse a determinação de um inicio e um fim de cada ciclo.
     Na cultura ocidental, somente no século I a C. foi estabelecida a data de 1° de janeiro como sendo a que dava inicio a um novo ano. Os romanos dedicava esse dia a Jano, o deus dos portões; daí deriva o nome do mês de janeiro, decorrente do nome dessa entidade, que tinha duas faces (bifronte): uma voltada para frente (visualizando o futuro) e a outra para trás (visualizando o passado).
     Hoje, mantendo-se essa página da cultura ocidental, o Ano-Novo, ou Réveillon, acontece quando celebramos o fim de um ano e o começo do próximo. Todas as culturas que têm calendários anuais celebram o "Ano Novo" . O termo réveillon é oriundo do verbo francês réveiller, que tem em português significa "despertar".
     Esse simbolismo presente nas comemorações da nova etapa que se inicia em janeiro, quando analisamos o período que se encerra e projetamos nosso futuro, "despertar" para novos projetos.
      Tradicionalmente, as comemorações eram, e continuam em geral até hoje, voltadas para mudanças e novos compromissos materiais, tais como promessas - tão comuns, quanto não cumpridas - sempre em torno da ideia de um recomeço diferente.
     A Doutrina do Espíritos nos apresenta a realidade de que somo Espíritos imortais, encarnados com o propósito de aprendermos e evoluirmos moralmente em busca de nossa destinação, que é a perfeição. Entendemos que o tempo para nós - Espíritos - não é finito, embora a etapa dessa jornada o seja, enquanto vivenciando a existência física.
     É com este entendimento que devemos ampliar nossas percepções sobre esse "reveillon", sobre esse despertar para um novo período onde apresentam oportunidades de transformação, de adoção de novos hábitos. O marco de um Ano-Novo surge como momento de efetiva avaliação, mais presente do que dever ser a busca do autoconhecimento contínuo como caminho para a reforma íntima.
     Com a mudança de ano, iniciando-se um novo período e deixando-se o velho para trás, todos pensamos em um novo começo, refletimos que é possível fazer diferente do que fizemos , renovamos nossas esperanças de que as atitudes equivocadas não se repitam e que consigamos proceder ao longo deste novo período de forma diferente.
     Premidos pelas exigências que a vida moderna nos impõe, listamos tarefas, coletamos desejos e, no final, acabamos planejando o que realizar e como realizar.É aí que surge o imperativo de pensarmos alem dos valores materiais, visualizando ações que nos encaminhem para a construção da almejada felicidade, fazendo com que, embora relativa, esteja cada vez mais presente em nossas vidas.
     É nesse sentido que buscamos, na mensagem de Joanna de Ângelis, um melhor entendimento de nossas propostas nesse momento de aproximação de um novo ano: ela nos orienta em nossa jornada evolutiva, exortando-nos a estabelecer o compromisso maior de promover, na prática do Amor a Deus e ao próximo, o caminho a trilhar: "Sabemos, Senhor, o pouco valor que temos, identificamo-nos com o que possuímos intimamente, mas, contigo, tudo podemos e fazemos. Ajuda-nos a manter o compromisso de amar-Te, amando, assim, toda a família universal  em cujos braços renascemos".
     Ano-novo, momento de reflexão sobre o feito e de compromissos sobre a  ser feito.
    Feliz Ano-Novo, pleno de certezas sobre o caminho a seguir em busca da paz,  harmonia e felicidade!
Aluisio Ghiggino 
Revista Cultura Espírita - Janeiro 2012